Molusco contagioso é uma doença de pele causada por um vírus chamado
poxvírus, sendo mais comum em crianças do que em adultos.
A transmissão pode ocorrer não só através da forma direta (contato
direto com as lesões), mas também de forma indireta, pelo uso de roupas e
toalhas de pacientes com a doença. A água de piscina também funciona como um
ambiente propício para sua doença. Outra forma de transmissão é a relação sexual e nesse
caso, as lesões surgem na região genital ou anal.
Embora as lesões contenham milhões de partículas de vírus, a taxa de
infectividade é pequena. É uma doença muito comum em pacientes com AIDS, e
nestes casos as lesões tendem a se espalhar pelo corpo. Nas pessoas
imunocompetentes (ou seja, que não possuem nenhuma doença que afete o sistema
de defesa do corpo), a doença é benigna.
As lesões são pápulas (“bolinhas”) globosas, umbilicadas, brilhantes, da
cor da pele e de tamanhos variados. Não causam nenhum sintoma, mas se
inflamadas ou irritadas podem ocasionar
coceira ou ardência. Em alguns pacientes as lesões se disseminam rapidamente, atingindo o número de
centenas. Em pessoas saudáveis, a doença não é grave, mas deve ser tratada.
Como as lesões do molusco contagioso são bem características, o
diagnostico é clínico, ou seja, o médico consegue fazer o diagnóstico apenas
olhando as lesões do paciente. Nos casos de dúvida, pode ser feita biópsia da
lesão.
O tratamento varia conforme a idade, do número e localização das lesões
e presença ou não de sinais inflamatórios. O método mais usado é a curetagem,
que consiste em raspar as lesões e depois cauterizá-las com a aplicação de
tintura de iodo. Outras alternativas são a crioterapia (aplicação de nitrogênio
líquido nas lesões), aplicação de ácido tricloroacético ou hidróxido de
potássio nas lesões até o seu desaparecimento ou uso prolongado de uma pomada
com lisozima, uma substância antiinflamátoria, que provoca uma reação
imunológica na pele que estimula a cura das lesões.
Normalmente o paciente é reexaminado
após o tratamento em intervalos de 2 semanas a 2 meses para tratar
possíveis lesões que aparecem posteriormente. Além disso, em adultos, quando as
regiões são na área genital ou anal, deve-se examinar também o parceiro.
Dra Carolina Zaparoli, contribui para o blog maternidade sem regras com essas informações sobre saúde!
CRM-SP 111.618
Residência em Dermatologia no Hospital Guilherme
Álvaro – Fundação Lusíada em Santos/SP
Título de
Especialista pela Sociedade Brasileira
de Dermatologia
Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia
@dracarolinazaparoli
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