segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Tire suas dúvidas sobre molusco contagioso!


Molusco contagioso é uma doença de pele causada por um vírus chamado poxvírus, sendo mais comum em crianças do que em adultos.

A transmissão pode ocorrer não só através da forma direta (contato direto com as lesões), mas também de forma indireta, pelo uso de roupas e toalhas de pacientes com a doença. A água de piscina também funciona como um ambiente propício para sua doença. Outra forma de transmissão é a  relação sexual e nesse caso, as lesões surgem na região genital ou anal.

Embora as lesões contenham milhões de partículas de vírus, a taxa de infectividade é pequena. É uma doença muito comum em pacientes com AIDS, e nestes casos as lesões tendem a se espalhar pelo corpo. Nas pessoas imunocompetentes (ou seja, que não possuem nenhuma doença que afete o sistema de defesa do corpo), a doença é benigna.

As lesões são pápulas (“bolinhas”) globosas, umbilicadas, brilhantes, da cor da pele e de tamanhos variados. Não causam nenhum sintoma, mas se inflamadas ou irritadas podem ocasionar  coceira ou ardência. Em alguns pacientes as lesões se  disseminam rapidamente, atingindo o número de centenas. Em pessoas saudáveis, a doença não é grave, mas deve ser tratada.

Como as lesões do molusco contagioso são bem características, o diagnostico é clínico, ou seja, o médico consegue fazer o diagnóstico apenas olhando as lesões do paciente. Nos casos de dúvida, pode ser feita biópsia da lesão.

O tratamento varia conforme a idade, do número e localização das lesões e presença ou não de sinais inflamatórios. O método mais usado é a curetagem, que consiste em raspar as lesões e depois cauterizá-las com a aplicação de tintura de iodo. Outras alternativas são a crioterapia (aplicação de nitrogênio líquido nas lesões), aplicação de ácido tricloroacético ou hidróxido de potássio nas lesões até o seu desaparecimento ou uso prolongado de uma pomada com lisozima, uma substância antiinflamátoria, que provoca uma reação imunológica na pele que estimula a cura das lesões.


Normalmente o paciente é reexaminado  após o tratamento em intervalos de 2 semanas a 2 meses para tratar possíveis lesões que aparecem posteriormente. Além disso, em adultos, quando as regiões são na área genital ou anal, deve-se examinar também o parceiro.


Dra Carolina Zaparoli, contribui para o blog maternidade sem regras com essas informações sobre saúde!
CRM-SP 111.618
Residência em Dermatologia no Hospital Guilherme Álvaro – Fundação Lusíada em Santos/SP
Título de Especialista  pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia
@dracarolinazaparoli

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